sexta-feira, 6 de maio de 2011

Crítica: Velozes & Furiosos 5: Operação Rio





Universal Pictures 
Para analisar o quinto filme da franquia Velozes & Furiosos é necessário voltar rapidamente ao ano de 2001, quando estreou o primeiro filme da série. Destinado aos fãs de carros, o longa acertou em cheio e conquistou grandes bilheterias mostrando oficinas, encontros de rachadores e cenas de corridas a todo instante. Como esquecer o “pega” memorável entre oToyota Supra laranja de Brian O’Conner (Paul Walker) e uma FerrariF355? Quatro filmes depois, a franquia Velozes & Furiosos deixou — de uma vez por todas — de ser um filme de carros para ser tornar uma trama de ação e pancadaria. 

Em sua fulga pela América, Dominic Toretto (Vin Diesel) chegou ao Brasil para fugir das autoridades norte-americanas, onde é recebido pelo amigoVince (Matt Shulze). Caso você não se lembre dele, é o amigo mais esquentado de Dom, que nunca gostou de Brian. Ele vive no Rio de Janeiro e leva a vida roubando carros. Junto de Brian e Mia (Jordana Brewster), Dom parte para uma última missão, nada fácil, diga-se de passagem, em busca da liberdade. Ele quer roubar o maior criminoso do Brasil, Reyes (Joaquim de Almeida), e depois sumir com a quantia milionária. Sim, eles se tornaram bandidos profissionais, inclusive o ex-policial Brian.

Universal Pictures
Um trunfo de Velozes & Furiosos 5 é a reunião dos principais personagens da série
Enquanto o retrato de uma polícia corrupta, infelizmente, é fiel à realidade brasileira, inverdades rondam o cenário brasileiro no filme. Não é difícil encontrar uma placa, faixa ou aviso com erros de português espalhados pelas favelas. Fãs de carro vão perceber que os modelos espalhados pelas ruas “cariocas” não tem nada a ver com os que são vendidos no Brasil. É nítida a falta de um consultor brasileiro na produção do filme, o que impediria erros simples. Quer mais distorções? Os encontros de rachadores acontecem sob pontes, como nos Estados Unidos e muito diferente do que realmente rola por aqui, onde grupos se reúnem em postos de gasolina. O pior de todos os erros está no fato dos brasileiros serem representados por latinos e falarem um péssimo português.


Quanto a história, o caminho de Dom e Brian não é nada fácil com a chegada do policial Hobbs (Dwayen “The Rock” Johnson), um oficial do FBI que vem para o país para prender os criminosos. Ele conta com a ajuda da bela atriz espanhola Elsa Pataky, na pele da policial brasileira Elena. A gangue reage reunindo os principais personagens de toda a trama, como Roman Pierce (Tyrese Gibson), Tej (Ludacris) e Han (Sung Kang).

 Muita briga e tiros são vistos durante quase todo o filme, que deve muito em carros. São poucas as cenas de corridas e os automóveis acabam representados em cenas de destruição, o que é comum em qualquer outro filme de ação. Racha de rua mesmo só é mostrado uma única vez. Quem espera um filme nos moldes deVelozes & Furiosos não sairá decepcionado, mas talvez sinta saudade dos carros. As cenas finais empolgam qualquer entusiasta por carros e revela um pouco do próximo filme da série. O sexto filme tem tudo para ser melhor que este. Que continue a ação, mas que voltem os carros em exagero. Os fãs agradecem.
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