quarta-feira, 17 de julho de 2013

Range Rover Sport marca fase ascendente da Land Rover

  • Divulgação
    Range Rover Sport entra em ação sem medo de alagados de até 85 centímetros de profundidade
    Range Rover Sport entra em ação sem medo de alagados de até 85 centímetros de profundidade
Parar no tempo é a pior situação na indústria automotiva. Tal situação envolveu marcas puramente inglesas, em parte pelos reflexos severos da 2ª Guerra Mundial. Levou o governo a assumir o controle de empresas descapitalizadas e a um plano de fusões. Típico mau gestor, acabou por aumentar os prejuízos e, finalmente, vender por qualquer preço para concorrentes estrangeiros (BMW, Ford e Volkswagen).
Marcas inglesas de maior peso estão todas desnacionalizadas. Land Rover e Jaguar formam um grupo cujo controle acionário, depois de experiências que não deram certo com a Ford, passou para os indianos da Tata. Esta já fez tudo corretamente: colocou dinheiro e só cobra resultados. Os ingleses não decepcionaram. Suas fábricas sofrem, como todas da Europa, pelo recuo das vendas por seis anos seguidos e aumento de capacidade ociosa. Mas sua situação é um pouco menos dramática ao conseguir fechar algumas instalações e produzir com grau de ocupação acima de 80% (na Itália, por exemplo, são apenas 46%).
Novo Ranger Rover Sport desponta nessa fase ascendente da marca principal, a Land Rover. Lançado em 2005 como opção refinada do Discovery III, esse SUV grande surge como produto inteiramente novo. Herdou a estrutura monobloco de alumínio do Range Rover topo de linha, porém é mais baixo e um pouco mais longo. Ganhou 18 cm na distância entre-eixos em relação ao primeiro modelo e a possibilidade de ter dois lugares extras restritos (5+2, de fato). Além de folga para três pares de pernas no banco traseiro, o acompanhante do banco dianteiro também dispõe de mais espaço.
Para o motorista houve diminuição em cerca de metade do número de botões no painel e um quadro de instrumentos eletrônico que simula ponteiros correndo por trás dos números. Aproveitar toda a capacidade fora de estrada -- improvável para quem pode pagar cerca de R$ 400.000 pela versão de entrada -- exige estudo do manual ou instrutor paciente. Sensor colocado na carcaça dos retrovisores externos pode avaliar e projetar no painel a profundidade de rio riacho que se queira cruzar (até 85 cm de profundidade). Segundo a empresa, recurso inédito.
Avaliar o Ranger Rover Sport, ao longo de mais de 400 km em dois dias, em estradas secundárias da Inglaterra e País de Gales, exigiu atenção redobrada. Afinal, guiar na mão esquerda de direção e administrar um veículo de 2,07 m de largura (com espelhos) por faixas de rolagem entre as mais estreitas do mundo, é nada usual. O carro "emagreceu" 420 kg e ficou mais à mão. Suspensão pneumática, amortecedores e barras estabilizadoras adaptativas, rodas aro 21 e pneus 275/45 formam um conjunto que não teme curvas. E, fora de estrada, ressalta as tradições da marca por piores que sejam os obstáculos. Autogerenciamento eletrônico de sete parâmetros se encarrega de (quase) tudo.
Para o Brasil, motor V6 diesel (3 litros/258 cavalos) responderá por 70% das preferências. Ganhou cerca de dois segundos na aceleração de 0 a 96 km/h (agora, 6,8 s) e quase 18% em consumo. Estreará novo V6 (também 3 litros/292 cv) gasolina, com compressor. Continua o V8 (5 litros/510 cv), também com compressor e sonoridade típica de Jaguar que compartilha esse motor.
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