segunda-feira, 18 de março de 2013

Durango traz conforto e sete lugares por R$ 179.900


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Apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo no ano passado e vendido no mercado brasileiro desde janeiro, o Dodge Durango foi lançado oficialmente na última sexta-feira (15), junto com o Jeep Grand Cherokee CRD, em evento realizado pela Chrysler em Barueri (SP). O modelo chega ao País nas versões Crew (R$ 179.900) e Citadel (R$ 199.900), ambas equipadas com o motor Pentastar de 3.6 litros V6 de 286 cavalos de potência e 35,4 kgfm de torque a 4.300 rpm. A transmissão é automática de cinco marchas e a tração é integral permanente (o torque é distribuído igualmente para cada um dos eixos).



Fabricado em Trenton, nos Estados Unidos, o Durango é baseado na quarta geração da picape Dakota e aproveita os seus mais de 5 metros de comprimento e a distância entre-eixos de 3.04 metros para apostar na vocação familiar. Confortável, espaçoso e bem equipado, o utilitário tem atributos para agradar famílias numerosas, uma vez que é dotado de uma terceira fileira rebatível de bancos, o que aumenta a sua capacidade para sete passageiros. O porta-malas pode levar 1.350 litros de bagagem (até o teto), com a última fileira rebatida.

Oferecido em oito opções de cores (azul, branco, cinza, grafite, marrom, prata, preto e vermelho) externas e três tonalidades internas (cinza claro ou preto para a versão Crew e preto ou preto com bege para a Citadel), o Durango tem três anos de garantia e será vendido em 42 concessionárias pelo Brasil. A Chrysler diz que poderá inaugurar mais 10 unidades ainda em 2013. A expectativa é de vender 700 unidades por ano.



De série, a configuração Crew traz ar-condicionado de três zonas, airbags frontais, laterais e do tipo cortina, freios a disco nas quatro rodas com ABS e EBD, controles de tração e de estabilidade, faróis com LED e de neblina, auxílio eletrônico am aclives e declives, interior revestido em couro, bancos dianteiros com ajustes elétricos e aquecimento, direção hidráulica com coluna regulável em altura e profundidade, câmera de ré, sistema de entretenimento com CD player, DVD e HD interno de 30 gb de capacidade, Bluetooth e tela de 6,5 polegadas, rodas de liga leve de 18 polegadas, tampa do porta-malas com acionamento elétrico, encostos de cabeça dos bancos traseiros com rebatimento elétrico, entre outros itens.



Já a versão topo de gama, a Citadel, acrescenta ao pacote da Crew faróis bixenônio, coluna de direção com ajuste elétrico, teto-solar elétrico, rodas de liga leve de 20 polegadas com acabamento cromado, tela de DVD de 10 polegadas com dois fones de ouvido sem fio e controle remoto para as segunda e terceira fileiras e bancos dianteiros ventilados.

Um pênalti da fabricante é não oferecer sistema de navegação (GPS) para um veículo de cerca de R$ 200 mil, uma vez que modelos mais baratos já oferecem o equipamento, mesmo como opcional.

Câmbio indeciso limita a cavalaria do motor Pentastar 

O Carsale rodou com o Dodge Durango por cerca de 70 quilômetros em estradas da região de Alphaville, na Grande São Paulo, e na Rodovia Castelo Branco. Apesar do porte e dos 2.312 quilos de peso, o utilitário é dócil ao rodar em trechos urbanos. A suspensão absorve bem as imperfeições do solo e oscila pouco em curvas (respeitando, obviamente, as limitações de um veículo dessas dimensões) graças à bem ajustada suspensão multi-link na traseira. O motor Pentastar é silencioso e empurra sem muito esforço o jipão.



Na estrada, o Durango muda um pouco o seu comportamento. O modelo continua entregando conforto e mostra boa estabilidade a 120 km/h, sem transmitir a sensação de estar flutuando sobre a pista, mas o desempenho do bloco de 3.6 litros V6 de 286 cv fica um pouco limitado por conta da indecisão do câmbio automático de cinco marchas. Em determinadas situações, como ultrapassagens e subidas mais íngremes, a transmissão parecia não entender a intenção do motorista e demorava um pouco a reduzir as marchas. Já em trechos planos, ao aliviar o pé no acelerador, o sistema entendia que era necessário efetuar uma redução e diminuía uma ou até duas velocidades, prejudicando a dirigibilidade e aumentando o consumo, uma vez que o giro do motor ultrapassava os 5 mil rpm.

No trecho urbano, o computador de bordo aferiu um consumo médio de 5,8 km/l. Na estrada, a pouco mais de 2 mil rpm, a marca foi de 9,8 km/l. Números condizentes para um motor V6, acoplado a um câmbio automático, empurrando um veículo de mais de duas toneladas.

A cara de mau da dianteira não condiz com o comportamento manso do jipão, que agradará famílias numerosas e bem abastadas à procura de um carro confortável, com bom nível de equipamentos e generoso em espaço interno.
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